quinta-feira, 6 de junho de 2013

Presidente da UNE critica capital estrangeiro nas universidades.


Vic Barros critica a entrada de capital estrangeiro nas universidades  (Foto: Divulgação / UNE)
A pernambucana Virgínia Barros, 27 anos, assume a presidência da UNE para o biênio 2013-2015 com uma postura política. Eleita no domingo (2), no 53º Congresso da União Nacional dos Estudantes, em Goiânia, Vic, como é mais conhecida, mede as palavras e tem discurso polido para falar do novo desafio e da relação da entidade com o Governo Federal, mas critica a entrada do capital estrangeiro na composição das universidades.
Sobre a gestão do governo Dilma Rousseff na área da educação, Vic Barros destaca como principais conquistas a bolsa de permanência para estudantes cotistas, a lei de reserva de vagas e o programa Ciência Sem Fronteiras. As críticas ficam para a falta de regulamentação do ensino superior privado e, principalmente, para a entrada do capital estrangeiro na composição das universidades. "É um fenômeno preocupante a compra de instituições de ensino superior brasileiras por empresas estrangeiras. Isso faz com que, hoje, mais de 1 milhão de universitários estudem em instituições dominadas por capital estrangeiro, que rebaixam a qualidade para maximizar os lucros e desvirtuam o objetivo princpal, que é contribuir para a construção de um projeto autônomo e soberano de desenvolvimento para o país", pondera.
Filiada ao PCdoB, partido à frente da UNE desde 1991, Vic garante que a instituição vai manter a "postura de autonomia e independência". "Vamos seguir nesse processo de diálogo, pressão e cobrança com o governo federal".
De acordo com ela, o principal pleito da sua gestão será a luta pela destinação dos 10% do PIB para a educação pública do país. "Essa é uma proposta que se encontra no Plano Nacional de Educação (PNE), que está tramitando no Senado. A UNE convocou o movimento estudantil brasileiro para uma jornada nos próximos meses, que culminará no dia 28 de agosto, com uma grande passeata em Brasília para reivindicar e pressionar por essa aprovação", diz.
Quanto às eleições de 2014, Vic não fala sobre hipóteses de cenários. "É possivel que muita coisa aconteça até o início da campanha eleitoral. A UNE vai contribuir com aquilo que ela tem de mais valioso, que são ideias e propostas para o país, como a defesa da educação pública gratuita de qualidade, das reformas educacional, política e tributária", afirma. "A UNE vai discutir o processo eleitoral no momento mais oportuno. As candidaturas não estão oficializadas ainda", completa, lembrando o governador do seu estado natal e possível candidato à Presidência da República, Eduardo Campos.
Postado por Martín.

Nenhum comentário:

Postar um comentário