domingo, 2 de junho de 2013

Protesto de professores interdita Avenida Paulista em SP.


Protesto ocorre no vão livre do Masp, na região da Paulista (Foto: Julia Basso Viana/G1)

Professores da rede pública de Sao Paulo realizam, nesta sexta-feira (19), uma paralisação para a realização de uma assembleia na região da Avenida Paulista, na capital. No protesto desta tarde, no vão livre do Masp, deverá ocorrer uma votação para definir se haverá greve da categoria. Os professores reivindicam maior reajuste salarial, mudanças na política de contratação de novos docentes, além de medidas contra a violência nas escolas.
Além de docentes, estudantes também participam do protesto na Avenida Paulista. Com os rostos pintados e usando nariz de palhaço, alguns alunos cantavam "o professor é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo". O policiamento na região foi reforçado. Sob o vão livre do Masp, representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) discursavam para os manifestantes.Por volta das 16h20, os professores ocupavam a Avenida Paulista nos dois sentidos. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a manifestação causava 1,8 km lentidão na via, no sentido Consolação, entre a Praça Oswaldo Cruz e o Masp. Cerca de 200 professores participavam do ato, segundo a Polícia Militar.
De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), ainda não há dados sobre o percentual de adesão à paralisação. A Secretaria Estadual de Educação também não soube informar quantas escolas são prejudicadas pelo protesto, mas afirmou que as aulas ocorrem normalmente nesta sexta-feira.
Tramita na Assembleia Legislativa, segundo o Sindicato, uma proposta de reajuste de 2% sobre os 6% já previstos para julho de 2013, chegando a 8,1% de reajuste total. A categoria reivindica um reajuste salarial de 36,74%. O reajuste foi enviado à Assembleia em 17 de abril pelo Governo de São Paulo.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, um professor que leciona para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio, com uma jornada de 40 horas semanais, recebe, por exemplo, um salário-base de R$ 2.088,27. Com o aumento, passará a receber R$ 2.257,84 em 2013. Em 2014, quando deverá ser concedido novo reajuste de 7%, os vencimentos desse professor chegarão a R$ 2.415,89. Com os novos valores, o salário dos professores de educação básica II será, ainda de acordo com a pasta, 44,1% superior ao piso nacional, que é de R$ 1.567.
A Secretaria reiterou que o Governo de São Paulo “cumpre integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público.” A pasta informou também estar “à disposição para o diálogo com as entidades sindicais, mas não abre mão de trabalhar também, e sobretudo, diretamente com seus próprios profissionais comprometidos com o avanço da qualidade de ensino.”
Postado por Martín.

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